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GreenOps: um novo paradigma na gestão da tecnologia para a sustentabilidade

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Otavio Argenton Atualizada[1]
Foto: Divulgação
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À medida que investidores, governos e até bancos têm cada vez mais requisitos ESG para as empresas cumprirem, cresce a pressão para que o mundo corporativo melhore seu desempenho ambiental. Sendo a tecnologia hoje uma das maiores consumidoras de eletricidade do mundo – com previsão de atingir 31% até 2030 caso não haja melhorias de eficiência, segundo dados do ING –, gerir seus recursos tornou-se uma necessidade não só para a otimização de custos, mas também para a sustentabilidade.

Nesse cenário, o conceito de FinOps, que revolucionou a maneira como as empresas gerenciam e otimizam os custos associados às operações em nuvem, evolui agora para GreenOps. Esse novo paradigma não só mantém a eficiência econômica como coloca a sustentabilidade no centro das operações tecnológicas.

A importância do GreenOps emerge claramente quando consideramos o impacto ambiental significativo de data centers e da infraestrutura tecnológica em geral, que funcionam 24 horas por dia e não apenas quando os escritórios estão cheios. Esses sistemas consomem grandes quantidades de energia elétrica para manter as máquinas em funcionamento e também para resfriar as salas e manter as operações ininterruptas.

Para se ter ideia, uma investigação da FinOps Foundation descobriu que mais da metade das organizações demora dias a investigar anomalias de custos e quase 20% delas reconheceram que ainda estão trabalhando para descobrir como gerir tais danos.

A evolução para o GreenOps

Desta forma, o GreenOps não é apenas uma extensão lógica do FinOps, mas uma evolução necessária. Por meio da gestão estratégica da infraestrutura tecnológica, as empresas podem agora não só reduzir custos, mas também diminuir significativamente seu impacto ambiental.

Ao fazer um uso mais eficiente da infraestrutura de nuvem é possível identificar recursos ociosos, armazenamento subutilizado e processos de backup excessivos que estão custando caro ao negócio – e ao meio ambiente – e, com isso, reduzir consideravelmente os gastos mensais e as emissões de carbono.

Outra vantagem é que o GreenOps proporciona uma transparência sem precedentes em relação às emissões de carbono da TI, permitindo às empresas monitorar e relatar com precisão o impacto de suas operações na nuvem. A capacidade de rastrear as emissões de CO2 e outros indicadores é uma ferramenta poderosa na gestão ambiental corporativa em um cenário com cada vez mais exigências.

Esse modelo operacional também responde à crescente demanda por relatórios ESG ao fornecer dados precisos e verificáveis que podem ser utilizados para informar investidores, reguladores e stakeholders sobre as práticas sustentáveis da empresa, o que é crucial, principalmente, para as empresas que têm metas ou normas de sustentabilidade.

Assim, a adoção do GreenOps é mais do que uma prática operacional, é um compromisso com o futuro. Ao adotar estratégias que reduzem o impacto ambiental das operações de TI, as empresas não só protegem o planeta para gerações futuras, mas também reforçam a ideia de que o desenvolvimento tecnológico e a sustentabilidade podem caminhar lado a lado.

Otavio Argenton é Country Manager da SoftwareOne Brasil, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.

 

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