A Inteligência Artificial é uma realidade presente em muitas áreas de atividade humana ligadas à tecnologia, e na segurança de dados não é diferente. Para as empresas de grande porte, as ferramentas de IA são um importante aliado na prevenção, detecção e resposta a invasões ou tentativas de invasões de sistemas e roubo de dados. Essa foi a tônica do painel “Inteligência Artificial & Cibersegurança: a colab de milhões!”, realizado no Security Leaders Fortaleza 2024, no Hotel Vila Galé Fortaleza, na última quinta-feira (dia 26), que contou com a participação de Alberto Jorge, CEO da Trust Control, ao lado de responsáveis pela cibersegurança de companhias de destaque no Ceará.
“Em primeiro lugar, eu identifico um déficit muito grande de profissionais de cibersegurança. Em toda a América Latina, são mais de 400 mil vagas sem pessoas para ocupá-las. Por isso, a IA é uma aliada importante, porque ajuda as equipes em determinadas áreas e atividades que são bem repetitivas. Todas as grandes empresas já estão usando Inteligência Artificial em alguma tecnologia. Mas o que há de diferente é o uso da IA generativa para o uso da cibersegurança. É receber insights da Inteligência Artificial, a partir dos dados da empresa, que ajudam na tomada de decisões e nessas ações repetitivas. Isso também causa uma redução no tempo de detecção e resposta”, explicou Alberto Jorge, especialista em cibersegurança e CEO da Trust Control, empresa especializada em cibersegurança e líder em seu segmento no Norte e Nordeste.
Gestores
Mediada pela jornalista Graça Sermoud, Diretora do Security Leaders, o painel trouxe as experiências de Emanuel Cordeiro, Gerente de TI da Companhia de Alimentos do Nordeste (CIALNE); Felipe Rodrigues, CISO da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece); e Josué Vasconcelos, Coordenador de Segurança da Informação da Solar Coca-Cola.
“Um dos aspectos é que a IA ajuda na tomada de decisão: comportamentos que a gente entende que não são naturais, ela já faz um determinado bloqueio, e isso tem trazido um ganho muito importante, porque não precisamos de uma equipe grande para cuidar disso. Estamos utilizando essa tecnologia há aproximadamente um ano, dentro da cibersegurança”, contou Emanuel Cordeiro.
De acordo com Felipe Rodrigues, a Inteligência Artificial inovou a organização dos processos internos da Cagece, começando pelos setores jurídico e administrativo. “Tivemos que alterar a nossa política de privacidade, incluindo itens relacionados à privacidade de dados. Hoje a cibersegurança não pode viver sem a IA, e quem não usar, vai ficar para trás”, observa.
Na experiência de Josué Vasconcelos, a IA é um apoio fundamental para as equipes de segurança cibernética. “A Inteligência Artificial veio trazer uma transformação digital dentro das empresas, automatizando certas ações e agindo de forma orientada a dados. Porque atualmente são muitas fontes, muitos dados, e trabalhar tudo isso somente relacionado ao humano, é inviável. Mas com a IA eu consigo lidar com um grande volume de informações, de forma rápida, com alto nível de assertividade”, relata.
Alberto Jorge, CEO da Trust Control, também participou do estudo de caso “Segurança Proativa: Como o Grupo JCC Protege seus Ativos com WatchGuard, ao lado de Maurício Costa, Territory Sales Manager Brazil da WatchGuard Technologies.
A etapa de Fortaleza foi a quinta do Security Leaders neste ano. As últimas edições serão realizadas em São Paulo (evento nacional) e em Porto Alegre, nos dias 23 e 24 de outubro e 27 de novembro, respectivamente.