Liderança do grupo Vitae Brasil esteve recentemente no país para conhecer novas tecnologias e ampliar os mercados de atuação.
A partir de setembro deste ano, estudantes das escolas públicas e privadas de Pequim, capital da China, passarão a ter aulas obrigatórias de Inteligência Artificial já no ensino fundamental.
A medida, anunciada pela Comissão Municipal de Educação de Pequim, é parte de uma ampla estratégia nacional que visa consolidar a posição do país como protagonista no desenvolvimento e uso de tecnologias emergentes.
Com crianças de apenas seis anos aprendendo conceitos básicos de IA, a proposta pode representar uma grande mudança estrutural no modelo educacional chinês. Ao menos oito horas por ano letivo serão dedicadas ao conteúdo, que poderá ser ministrado em disciplinas autônomas ou integrado às matérias já existentes, como ciências e informática.
A Inteligência Artificial já faz parte dos negócios e os profissionais que quiserem ingressar no mercado de trabalho precisarão dominar uma série de ferramentas. Mas o Brasil ainda está “engatinhando” no quesito Educação Pública. Em muitas localidades ainda falta o básico em termos de infraestrutura e capacitação de profissionais para que a tecnologia possa, de fato, ser integrada ao ensino.
A Gerente Executiva da Planneta Educação, Jessyca Jennifer do Nascimento, tem uma visão otimista sobre a conjuntura e acredita que, embora o Brasil tenha avançado, ainda há muito a ser feito.
“Nossa educação pública é gigante e nossa diversidade geográfica e cultural também. Em outubro de 2022 tivemos um complemento da nossa Base Nacional Comum Curricular, que é chamada de BNCC da Computação, onde essas habilidades voltadas à tecnologia, cultura digital e pensamento computacional foram amplamente divulgadas e incorporadas nos currículos de todas as redes de ensino do país. É importante destacar que não existe resultado efetivo em curto prazo para uma educação que atinge mais de 180 mil escolas e 47 milhões de alunos pelo país. Precisamos pensar a médio e longo prazo e principalmente garantir a continuidade de ações que dão certo, reconhecendo estratégias e disseminando boas práticas”, avalia a especialista.
Jessyca reconhece que apenas uma diretriz não é suficiente, mas é o primeiro passo para que as redes de ensino comecem a se adaptar e planejar para incorporar as mudanças no dia a dia escolar. “Obviamente a infraestrutura conta e muito para garantir avanços na tecnologia, por isso, precisamos garantir além de escolas mais modernas e bem construídas, que a conectividade faça parte do dia a dia da escolar—e não como algo isolado. professores engajados, que sejam usuários ativos de tecnologia no cotidiano e suporte para garantir a efetividade dessas ações ao longo do tempo”.
Recentemente Jessyca esteve na China com o objetivo de ampliar os mercados de atuação do grupo Vitae Brasil. Durante a visita, ela teve a oportunidade de conhecer grandes fornecedores de recursos para Educação em seu sentido mais amplo: desde mobiliário, papelaria até tecnologia educacional.
“É claro que vimos tanto recursos básicos como tecnologia de ponta, o que amplia nosso olhar sobre possibilidades de negócios aqui no Brasil. Foi uma experiência enriquecedora e ampliamos nosso relacionamento com empresas que podem nos dar mais subsídio para continuarmos sendo referência em inovação para educação pública. Em relação a IA podemos ver iniciativas aplicadas desde crianças de 4, 5 anos até jovens de 15 a 17. Eles aprendem robótica, programação em diversas linguagens, pilotagem e navegação guiada por drones, internet das coisas aplicada à vida real, como também laboratórios de criação e desenvolvimento de soluções. Tudo alinhado a metodologia e propósito de fim educacional, ampliando as habilidades como resolução de problemas, lógica e análise crítica. Naquele país a IA faz parte do dia a dia, não é algo desalinhado com a realidade que se vive, e grande parte das tecnologias já estão integradas com a ferramenta para potencializar sua função. A IA não é vista como algo isolado e sim um complemento que potencializa as tecnologias já existentes”, pontua a Gerente Executiva.
Inteligência Artificial na prática
Com base em sua experiência, Jessyca explica que existem várias formas plurais de se introduzir a Inteligência Artificial no universo da Educação, impactando positivamente os alunos que receberão esse conteúdo dentro de várias disciplinas. A especialista destaca algumas delas:
Matemática: Incluir conceitos básicos de algoritmos, pensamento computacional e modelagem matemática usada em IA. A lógica sendo aplicada na prática. Com recursos que utilizem a lógica como forma de resolver problemas e claro potencializado pela IA.
Ciências: Explorar aplicações de IA em áreas como biologia (análise de dados genéticos), física (simulações) e química (descoberta de novos materiais). Também é possível ensinar os alunos a levantar dados estatísticos e analisá-los com uso da IA.
Língua Portuguesa: Discutir ética, impacto social da IA, viés algorítmico e produção de textos com ferramentas de IA (como chatbots). Como também compreender a IA como uma nova linguagem. Utilizando como ferramenta de revisão e correção de atividades que auxiliem o aluno a evoluir em seus estudos.
Artes e Criatividade: Usar ferramentas de IA para criação artística como (geração de imagens, música, poemas etc.) e refletir sobre autoria e originalidade e ampliar o repertório cultural com base na IA e seu potente poder de apoio.
A liderança defende que ainda que é possível criar um componente curricular que aborde a Inteligência Artificial em sua essência, como: fundamentos da tecnologia e machine learning, aplicações práticas (como chatbots, reconhecimento de imagens) programação básica (Python, por exemplo) para entender modelos de IA, discussões sobre privacidade, ética e futuro do trabalho”, pontua.
Jessyca vislumbra um cenário positivo para o Brasil a partir da experiência da China, e de outros países, que estão se preparando para o futuro com bastante cautela.
“Acredito que existem perspectivas promissoras, mas os investimentos precisam seguir a mesma velocidade que os estudos. Com minha experiência acumulada, consigo perceber que a China não iniciou seu processo de implementação do dia para a noite e nem em grande escala. Vários pilotos e experiências foram sendo realizadas, e agora com a implementação em Pequim, percebe-se que esse é o marco inicial de um projeto que será replicado em todo o país. Ou seja, um modelo que podemos adotar aqui no Brasil, buscar localidades para que as primeiras experiências e práticas sejam realizadas, depois regionalizá-las, para somente depois massificá-las pelo território, de forma coerente e responsável, envolvendo professores, gestores, alunos e comunidade, como também ajustando a rota do que não deu certo e disseminando as práticas que deram”, conclui a especialista.
Sobre a Planneta Educação
A tecnologia passou a ser uma das rotas para desenvolver e compartilhar habilidades. O lugar de aprender já não é mais apenas a sala de aula, e sim qualquer lugar.
E se ensino não tem limites, muito menos fronteiras, precisamos entender que crianças e jovens precisam desenvolver habilidades essenciais para prosperarem em um mundo que, definitivamente, é digital.
A Planneta Educação acredita no poder da educação como instrumento de transformação de toda a sociedade. E é com esse pensamento que difunde a sua missão, com o objetivo de oferecer sempre o melhor.
A empresa do grupo Vitae Brasil desenvolve diversas soluções educacionais inovadoras e tecnológicas para escolas, redes de ensino e municípios, para que, juntos, possam revolucionar a Educação.
Durante sua trajetória, a companhia obteve reconhecimentos nacionais e internacionais, como o título Top 5 melhores do Brasil em Qualidade de Vida no trabalho pelo PNQV – Prêmio Nacional de Qualidade de Vida, Top 100 empresas do país que mais contribuem para o desenvolvimento dos estudantes brasileiros pelo Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, Parceiro do Ano – Região da América Latina e Caribe (Latin America and Caribbean Regional Partner of the Year) na categoria Setor Público pela Microsoft, Top 50 melhores empresas para estagiar em todo estado de São Paulo e também foi reconhecida pelo United Nations Development Business, órgão responsável por fomentar e divulgar projetos financiados pela ONU, Banco Mundial, BID, BIRD, entre outros.